sábado, 10 de abril de 2010

Exteriorizando o Máximo em Todos os Sentidos


No nosso cotidiano executamos tarefas que nos fazem mudar diversas vezes de ambiente e de função. Quando estamos no local de trabalho somos profissionais, em casa somos filhos, em uma faculdade somos estudantes, e por ae vai.

É comum a gente se dar melhor em uma ou outra atividade. Porém, o bom ou mal desempenho em qualquer uma das suas tarefas pode acarretar o sucesso das demais. Na Seicho sempre aprendemos que devemos vivificar todas as coisas, buscar também ser o melhor. Não é a toa que pessoas que tiveram êxito são aquelas que almejam sempre ser o melhor no que fazem. Ayrton Senna por exemplo, nunca se contentou quando acabava uma corrida em outra posição que não fosse a primeira colocação. Em cima de um resultado adverso ele estudava e trabalhava com o máximo de dedicação para poder vencer na próxima corrida. E a todo esse trabalho nós vimos um dos maiores pilotos de F-1.

Citei o exemplo de Ayrton, pois acredito que é dessa maneira que muitas pessoas se comportam do lado profissional. As pessoas quando estão motivadas sempre vão querer fazer "algo mais" nas suas funções. Seja para obter destaque na empresa ou na faculdade.

No entanto, existem atividades aonde apenas dedicação e motivação não trazem os melhores resultados. Não conseguimos por exemplo querer ser o melhor namorado do mundo a alguém, se não gostamos de verdade da pessoa. E também não conseguimos ser o melhor filho para nossos pais, se não tivermos sentimento de gratidão a eles.

Um funcionário exemplar de uma empresa pode muito bem sair dela do dia para a noite, se receber um proposta salarial maior para trabalhar em outro lugar, afinal ele não é um bom funcionário pelo seu amor e gratidão a empresa apenas, e sim porque ele consegue fazer o melhor na função que ele exerce. Mas se esse colaborador exterioriza uma personalidade egoísta e prepotente, dificilmente ele seria uma pessoa feliz fora do seu ambiente de trabalho. Falo isso porque conheço muitas pessoas que são excelentes no que fazem em seu trabalho ou estudo, mas que não conseguem ser bons filhos ou bons namorados ou ter amigos de confiança. Com o passar do tempo, todos esses conflitos que essa pessoa possui fora do ambiente de trabalho podem implicar em suas atividades profissionais, que é a ordem natural das coisas.

Uma casa pode ser construída com os melhores materias possíveis e ter o projeto mais avançado para se tornar imponente e indestrutível, porém se ela se instala em uma base frágil, será derrubada facilmente quando houver algum abalo sísmico.

Por isso para conseguirmos desempenhar nosso melhor papel para cada uma das atividades que realizamos no nosso cotidiano, devemos sempre manter nossas bases fortes. A isso eu digo ter amor e gratidão aos nossos antepassados e pais. Não conheço nenhuma pessoa bem sucedida que obteve sucesso ao mesmo tempo que tinha laços rompidos com a família. Ser bem sucedido não significa "chegar lá" e sim "manter-se lá" por toda a vida. Chegar aos nossos objetivos seria como se fosse o momento em que acabamos de construir nossa casa com os melhores materiais. Mas só vamos conseguir manter erguida essa construção para sempre se ela for construída em uma base forte.

Antes de buscarmos ser o melhor estudante, o melhor funcionário, o melhor namorado, devemos buscar ser o melhor filho para nossos pais. Quando tivermos muito conflito fora de nosso ambiente familiar, verifiquemos se em nossa casa está tudo "ok". Digo por experiência própria e de pessoas conhecidas. E se a gente refletir bem não é uma tarefa difícil, pois a todo instante temos oportunidade de expor nosso amor e gratidão aos pais, principalmente através de gestos simples.

Mas só conseguiremos realizar esses gestos se estivermos conscientizados da importância, e essa sim é uma coisa que pode ser dolorosa. Tem pessoas que só se conscientizam quando algum enteado querido parte para o mundo espiritual, outras pessoas se conscientizam quando se encontram em um beco sem saída. Claro que não precisa ser assim também, e daí que eu digo da importância da leitura constante de livros da Seicho, para nos mantermos sempre despertados para a verdade. As práticas também ajudam bastante.

Dái surge algo muito interessante, pois quando depertamos o amor em casa para nossa família e começamos a praticar, passamos a fazer isso fora de casa também.

Após criar o hábito de manifestar o amor dentro de casa, passamos a ter amor as outras nossas atividades cotidianas. Daí passamos a amar nosso trabalho, nossos amigos, nossa namorada, nosso curso, e por ae vai. Quando despertamos essa verdade de vivificar e ter amor a todas as nossas atividades, aí sim espiritualmente estamos aptos a desempenhar sempre nosso melhor em tudo que fazemos.

Existem pessoas que recebem a qualidade de "tranformam em ouro tudo o que tocam", quando na verdade essas são aquelas pessoas que amam e tem gratidão a tudo ao seu redor, e vivificam o amor a todo instante.

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